sábado, 2 de maio de 2009

Artigo Açoriano Oriental dia 10 Abril 2009

O.V.G.A. –Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores

A Ilha de São Miguel, dispõe desde Setembro de 2006 de um espaço muito interessante, que tem como finalidade esclarecer e aproximar a ciência, à população em geral.
O Observatório Vulcanológico e geotérmico dos Açores – O.V.G.A., insere-se num conjunto de iniciativas que pretendem criar o gosto pelo conhecimento da cultura cientìfica e tecnológica, nos mais jovens.
Está também ao serviço dos açorianos, e de todos os turistas que o queiram visitar.
Como o próprio nome indica, destacam-se no interior as representações dos fenómenos ligados ao vulcanismo e todos os aspectos que lhe estão associados.
Através das explicações do Técnico local, ficamos também a saber como todos os elementos geológicos interagem e influenciam a nossa vida.
Podemos assim compreender melhor, a postura que os açorianos têm perante a “sua geografia” e como se habituaram a conviver com a mesma.
Depois de uma visita, ficamos a saber, por exemplo, a idade geológica das nossas ilhas, porque acontecem os sismos, como funciona um aparelho vulcânico ou como se formaram as nossas ilhas.
Durante séculos, julgou-se erradamente, que os cataclismos naturais eram o castigo, resultante da ira de Deus.
Hoje, felizmente temos a ciência ao nosso dispôr para explicar como tudo acontece. Só temos de usufruir dela.
No Observatório, existe uma interessante galeria de pinturas de artistas açorianos, que retratam algumas erupções dos Açores, pois após vários estudos, é possível saber como aconteceram.
Pode ver-se por exemplo a última erupção que aconteceu na margem sul da Lagoa do Fogo em 1563, a formação de alguns mistérios da Ilha do Pico, o vulcão da Urzelina em 1808 ou ainda o aparecimento e desaparecimento da Ilha Sabrina, no extremo ocidental de São Miguel não esquecendo o vulcão dos Capelinhos 1957/58, que marcou tanto a história da Ilha do Faial num passado tão recente, fenómeno estudado e visitado pela comunidade científica internacional.
Para além destas representações, pode-se ainda ouvir sons reais de vulcões ao passar através de um tunel lávico, ver alguns vulcões do mundo e finalmente ficar a conhecer as rochas. A sua utilização no dia-a-dia de todos, é muito mais do que imaginamos.
Existe uma grande inter-relação com todas as rochas que nos rodeiam, muitas delas “vomitadas” pelos vulcões.
O observatório é dirigido pelo Dr. Victor Hugo Forjaz, reconhecido estudioso dos fenómenos vulcânicos, membro da Academia das Ciências e situa-se na Vila de Lagoa, na Avenida Vulcanológica - Atalhada, Rosário.

VISITE O OBSERVATÓRIO – VALE A PENA

Ana silva – Guia Intérprete Nacional
saouto@hotmail.com

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