sábado, 9 de maio de 2009

Artigo do Açoriano Oriental do dia 08 de Maio de 2009


TAMBÉM NOS PREOCUPAMOS COM O AMBIENTE

Nas nossas últimas mensagens, neste espaço, temos falado de muitos problemas que vêm acontecendo ao longo do ano, na nossa actividade de Guia Intérprete, por culpa de muitas entidades responsáveis que não têm feito o que delas se espera.
Desta vez, vamos alertar para outro tipo de problema, mas este a nível global, e certamente, ainda mais difícil de ultrapassar.
As ilhas dos Açores, têm-se deparado com um reduzido nº de dias de chuva durante os últimos meses do ano que passou e os primeiros meses deste ano de 2009.
Já se nota nas nossas ribeiras, tão apreciadas pelos turistas que nos visitam, o reduzido caudal ou até a inexistência dele.
Lembro algumas, que são verdadeiros “ex-libris” de alguns concelhos, como por exemplo a “Ribeira dos Caldeirões” no Concelho do Nordeste ou até mesmo a própria “Ribeira Grande”, cuja existência tanto tem a ver com a história da cidade que viu crescer nas suas margens, entre outras.
Também as nossas lagoas, acusam já a falta de chuva, oferecendo neste momento, autênticas praias e passeios pedestres em toda a volta das suas margens.
O baixo nível da água, em alguns casos até é assustadora, já para não falar no problema que será, se o tempo continuar assim, para as nossas pastagens, tendo em conta a importância que essa outra actividade económica tem para as nossas ilhas.
Será que poderemos continuar a chamar a ilha de São Miguel de “Ilha Verde”?
Esperemos que ainda antes deste Verão esta situação se inverta e que este problema não se agudize ainda mais.
A Associação de Guias Intérpretes Regionais dos Açores – A.G.I.R.A. está também sensível a este tipo de problemas, para além dos que são inerentes aos aspectos laborais da nossa classe, ou não fossemos nós os maiores defensores da beleza das nossas ilhas.
Esperemos que outras classes e a população em geral, esteja alerta para este problema, e utilize da melhor maneira possível este bem precioso, que tanto necessitamos para o nosso dia-a-dia e também para chamadas ilhas de “ Natureza Mágica “.
É verdade que, a maior parte das vezes desejamos sol para todas as nossas excursões, para que os turistas possam apreciar as nossas belezas naturais no seu esplendor máximo, mas também sabemos, que a bruma que convive connosco muitas vezes, não é nada mais, nada menos que o “sal da vida” destas mesmas belezas.
Alguns turistas, por vezes, até apreciam mais as nossas paisagens, quando cobertas de bruma!
São perspectivas diferentes de uma só realidade, inegavelmente bela.

Ana Silva – Presidente da Direcção da AGIRA
saouto@hotmail.com

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